Quase todo mundo lê livros, o que não significa que todos lemos os mesmos livros. Como indivíduos únicos que somos, também temos gostos únicos. Todos tem seu estilo, seu autor, seu livro preferido, e, mais especificamente, seu gênero preferido. Como tive vontade de escrever sobre livros e gêneros literários, não pude deixar de começar essa reflexão pelo meu gênero preferido, a Ficção Científica. Creio ser a FC um dos gêneros mais injustamente discriminados, uma vez que os críticos não o vêem como literatura de qualidade, e as pessoas geralmente acham essas histórias muito complexas. E esse é o paradoxo: os críticos gostam dos livros mais técnicos, que são visões possíveis do futuro tecnológico, o público por outro lado, prefere as aventuras estelares do tipo Star Wars, que não apresenta explicações tecnológicas para aquilo que descreve, achando os livros mais técnicos, entediantes e rebuscado. Mas isso é injusto, pra falar no mínimo. Existem autores que escreveram histórias totalmente relevantes, e com tecnologias totalmente viáveis e sem furar as leis da física, como as batalhas stelares impossíveis de Star Wars, por exemplo, ou como filmes como O Núcleo, totalmente inverossímel. Não que esse tipo de história não tenha seus méritos, mas a boa FC, assim como todos os outros gêneros, tem seus representantes de peso: Isaac Assimov, Orson Scott Card, Robert Henlein, William Gibson, Philip K. Dick, entre outros. Livros como Neuromancer, do W. Gibbons, trouxe pela primeira vez a idéia de um espaço tridimensional que representasse a Wolrd Wide Web, cunhando o termo Hiperespaço. Robert Henlein, com seu Estranger in a Stranger Land, usou da FC para mostrar uma maneira ácida de enxergar a humanidade e sua relação com a sexualidade. Livros como a Fundação, de Isaac Assimov, considerado um dos melhores livros de todos os tempos, mostra a humanidade num futuro distante, questionando porque nossos sentimentos e emoções não seguem o ritmo de evolução da nossa tecnologia.
Como em todos os gêneros, existem histórias boas e ruins, e cabe a cada um decidir qual história preenche melhor seu estilo, mas incluindo, porque não?, dentro da boa literatura.
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Um comentário:
Muito interessante o texto. Não sabia que a parte de FC era vista com mal olhos não.
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