terça-feira, 24 de abril de 2007

Mortes em Virginia Tech

O Serial Killer que matou 33 pessoas na faculdade Virginia Tech, EUA , na ultima semana, é o novo herói do momento. Não é a primeira vez que um estudante resolve matar seu coleguinhas de classe. Em Columbine , menos mortos, mas uma tragedia tão grande quanto.
Não sou psicóloga, não leio Freud e não pretendo usar nehum tipo de determinismo nas minhas divagações. O fato é que assassinos , desses que planejam seus atos, são assustadores. Nossa primeira impressão é de que são malucos, ateus , fanaticos ou psicopatas. Mas nesses casos escolares, assim como no dos homens-bomba , o assassino integra o quadro de mortos. Não acredito que sejam simplesmente doentes. Minha hipótese é de que, de alguma forma, eles se sentiam rejeitados e os assassinatos são uma forma de vingança. Mais do que isso, são uma forma de serem vistos e de sua causa ser conhecida. Pior, tendem a tornar-se mártires para os que se sentem oprimidos ou rejeitados como eles. Prova disso é que o assassino de Virginia mandou fotos e um video seus para a emissora NBC News. Se estivesse vivo, provavelmente receberia pena de morte(não conheço as leis do Estado) ou teria que fugir. Nesse caso, a sua glória seria nula, pois um fugitivo geralmente não se orgulha do que fez. Se sumisse sem deixar pistas, ninguém saberia de seus motivos, explicitos no video enviado à NBC , nem de sua historia. O motivo do seu crime, vingança, não ficaria explícito. Pare ele não resta outra forma a não ser terminar o ritual com seu próprio sangue. Uma mente perturbada, com certeza, mas que não via outra saida. O jovem deu vários sinais de que não estava bem e que precisava de acompanhamento médico . Chegou até a ficar internado em um hospital psiquiátrico.Mas ninguém conseguiu evitar a tragédia. Não satisfeito com sua desgraça, resolveu espalhá-la por toda a sua faculdade. E os canais, jornais e revistas de vários países atendem ingênuamente seu último pedido: existir diante do mundo.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

As Pérolas de Rita


Sempre me perguntei o sentido do amor verdadeiro... Acho que o descobri, há mais ou menos um ano atrás.

Estávamos todos ainda muito abalados com a morte de meu avô, e minha avó distribuía entre a família pertences dele, que ela gostaria que ficassem com quem pudesse ainda utilizá-los. Ao meu ver era como se ela quisesse dar continuidade aos hábitos de meu avô, como se ao utilizarmos aqueles objetos pudéssemos mantê-lo vivo no nosso dia a dia. E assim foi: Sapatos ao meu tio, um terno ao meu irmão, entre outros souvenires que foram distribuídos entre todos.

Eu, no entanto nada recebi dos objetos de meu avô. Recebi, porém, algo muito mais valioso. Minha avó veio até mim, me entregou uma caixinha, outra à minha irmã e disse esses aqui são para vocês duas. Não entendi bem o que poderia ser, afinal o que meu avô teria que coubesse naquela caixinha decorada? Ao abrimos vimos o que havia nas caixinhas, pequenos colares antigos alguns de pérolas e outros dourados com pedrinhas coloridas. Então minha avó explicou-nos o presente: “ São minhas bijouterias, pra vocês por que eu num tenho mais pra que usar.”

Esse episódio poderia sim,passar despercebido afinal eram apenas bijouterias. Mas não, não eram apenas bijouterias, era muito mais que isso. Minha avó entregou nos naquele dia a sua própria vaidade. Numa certeza absoluta que só quem encontra o amor pode ter. Ela mostrou-se realizada, plena no amor como eu jamais imaginaria, que alguém pudesse se sentir; desprendendo-se de sua própria vaidade com toda a certeza de que o amor já aconteceu em sua vida. Naquele dia eu encontrei a resposta para a minha pergunta. Por que o sentido do amor é doação. Minha avó doou-se para o meu avó até depois que ele partiu.

Naquele dia minha avó me deu o maior presente que eu poderia ganhar. Ela me respondeu uma das maiores perguntas para a qual muitas pessoas passam a vida procurando a resposta.

Rayssa Medeiros



Obs: Eu já tinha esse texto escrito desde o ano passado. Como é um texto que eu gosto muito, escrito para uma pessoa que eu amo, resolvi postá-lo como texto inaugural.


domingo, 22 de abril de 2007

Mudança na equipe do Câmara dos seis.

Rômulo infelizmente pediu pra sair da equipe, alegando falta de inspiração para escrever os textos. A principio quis mantê-lo, mas como o negócio aqui anda meio parado, resolvi acatar sua decisão, e escolher um substituto. No caso aqui, uma substituta, que será Rayssa Medeiros, uma amiga minha que estuda jornalismo. Mais uma mulher pro grupo :) Ela também participa de outro blog que foi criado por ela e conta com ajuda de amigos, assim como esse aqui. O blog se chama Távola Quadrada.

Seja bem-vinda Rayssa. Tenho certeza que seus textos serão muito importantes para esse blog e para todos que o visitam.

Era só o que faltava!

Noticia no site G1 da Globo:

Nesta sexta-feira, em entrevista ao G1, o vice-presidente da federação, Luiz Gonzaga De Luca, que é executivo da rede Kinoplex, anunciou que o setor pretende levar ao governo um pedido de reavaliação das leis municipais e estaduais que instituem a meia-entrada. A ação dos exibidores pretende limitar a venda de ingressos com o desconto a 30% do total de cada sessão.

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, combate o projeto da Feneec, alegando que os estudantes precisam do benefício porque ir ao cinema é importante para a formação cultural. E acrescenta que "as salas de cinema perderiam muito público, afinal, os jovens são responsáveis pela maior fatia da platéia que vai ao cinema".


Na minha opinião, é muita burrice da parte do Vice-presidente da federação achar que limitar a venda de ingressos para estudantes vai aumentar o lucro deles, ainda mais com o incrivel aumento de filmes que ainda passam no cinema, serem distribuidos na internet e vendidos no meio da rua. Obviamente nada de aumento de lucros foi falado, mas pra que mais eles fariam isso?

É claro que assistir filme no cinema é muito mais divertido. Mas qual é o estudante que vai querer pagar entrada inteira, podendo ter os beneficios da meia entrada, mas que não pode por causa de uma "maldita" limitação? Acho que poucos. Pra alguns vai ser muito melhor "baixar" o filme em casa ou ainda comprar cópia pirata na rua, por mais que essa opção seja errada. Porque a primeira não acho não, a não ser que o filme seja "baixado" pra ser vendido. Mas enfim, os que eles estão fazendo além de ser errado é sem noção.

Espero que o pedido não seja aprovado. Porque se for, se depender de mim nem piso mais no cinema pra correr o risco de ter que pagar uma inteira, podendo pagar meia. Prefiro ficar em casa assistindo os filmes que "baixo" pela internet. Coisa que já faço, mas que com certeza vou fazer muito mais.

terça-feira, 17 de abril de 2007

1 mês!

Ia comentar isso na sexta-feira, mas acabei esquecendo. O blog completou um mês de vida no dia 14 de abril (há três dias). Parabéns pra nós! :D

O blog está muito bom, apesar de alguns estarem participando pouco. Até entendo a pequena participação, mas queria que fosse maior, porque acredito que os textos são importantes para todos os que fazem o blog e também para os leitores.

E é a todos vocês, colaboradores e leitores, que tenho que agradecer por o blog estar de forma fazendo sucesso. Já temos mais de 700 visitas. Muitas dessas por mim, que toda hora entra aqui pra ver se tem comentário ou pra ajeitar alguma coisa no blog ou nos meus textos. Mas mesmo assim, sei que tem muitos que estão visitando o blog. Hoje mesmo de acordo com o contador do blog, tinham 7 pessoas online contando comigo. E isso é realmente uma coisa ótima. Mostra que apesar de se ver poucos comentários nos posts, o blog está sendo visitado. Mas não se acanhem em comentar. Mesmo você, visitante que não conhecemos. Porque seus comentários sempre serão importantes pra nós, como já falado em postagens anteriores.

Mais uma vez obrigado a todos e uma boa noite.

Bandas fabricadas pela mídia


Não é de hoje que vemos bandas “estourando” na mídia, vendendo milhões de cópias de discos e lotando shows. Mas sabemos que a maioria delas são ruins e sem identidade própria. Muitas são cópias atualizadas de bandas que já fizeram sucesso no passado. Bandas criadas simplesmente para dar lucro por algum tempo as gravadoras, porque elas são tão mediócres que geralmente nunca duram mais que alguns anos e que são esquecidas com o tempo. O que eu chamaria de as ”bandas fabricadas pela mídia".

Essas bandas geralmente são formadas por um grupo de jovens cantores e já nascem com o apoio da mídia que é responsavél por escrever e compor as músicas que são totalmente voltadas para os jovens. E também tem a caracteristica de gravar sempre discos praticamente iguais, porque se mudarem o estilo ou as letras, é capaz de não fazerem mais sucesso.

Ao meu ver, tudo começou na década de 80 com grupos como o New Kids On The Block e ABBA. A mídia viu que essas bandas faziam sucesso. e começou a fabricar outras como o Backstreet Boys e N`Sync que apesar de soarem mais modernos tinham a mesma proposta das outras: atrair milhares de jovens e dar dinheiro as gravadoras. Até porque a grande maioria do povo gosta de coisas atuais, porque pra eles coisa antiga não presta.

Também temos os fenômenos que já iniciam em carreira solo, como a Britney Spears que só não sumiu da mídia, apenas pelo fato de estar protagonizando um escândalo atrás do outro. E Cristina Aguilera que eu particulamente nunca mais ouvi falar. Que com certeza foram construidas com base na Madona, que é uma das poucas cantoras, ou a única, que conseguiu se manter na mídia através das décadas. Talvez por ser uma das precussoras do estilo. O Ricky Martin foi outro que sumiu. E também tem aqueles que não apenas cantam, mas também tocam instrumentos, como os irmãos Hanson, que também sumiram.

Esses são apenas alguns exemplos de fenômenos que conseguiram se manter por muitos e muitos anos, mas que hoje não são mais nada, a não ser parte da história da música. São jovens que apareceram na hora certa e conseguiram fazer sucesso. E as gravadoras sempre que perdiam um, clamavam pela existência de outros, porque queriam encher os bolsos novamente. Mas as vezes, abusava da boa vontade do povo, e criava mais potenciais fenômenos do que eles podiam digerir, principalmente nos anos 90, que foi a década que mais apareceram bandas pop. Bandas com o mesmo estilo, apenas mudando o nome e que por isso, não obtiam o mesmo sucesso das já consagradas. Mas é claro que não deixavam de encher os bolsos. Só não tinham o mesmo lucro.

E todos essas bandas e cantores, a partir do momento que saem da mídia são totalmente esquecidos por seus fãs. Você não vê ninguém na rua comentando músicas dos Backstreet boys, N’Sync ou ainda New Kids On The Block, vê? Dificilmente. E quando comentam, geralmente é pra falar mal. Escutar? Nem pensar! Porque ao longo do tempo a pessoa amadurece e descobre que essas bandas realmente eram ruins e que só escutavam pelo simples fato de algum amigo escutar ou por não conhecerem nada melhor.

As pessoas que escutam essas bandas gostam de renovação. E como essas bandas não conseguem se renovar, são substituidas por outras. Mas o que acaba mudando mesmo são a caras dos integrantes ou dos cantores. E as vozes é claro. Porque o estilo e as músicas são praticamente o mesmo, ou seja, não existe de fato uma renovação musical.

Hoje em dia, um dos exemplos de bandas fabricadas pela midia é o RBD. Banda mexicana que saiu de uma novela de mesmo nome. Segue quase o mesmo padrão das anteriores. Um grupo de jovens cantores fazendo músicas pra jovens. A diferença dessa é que é composta por homens e mulheres.

A questão que fica aqui é: Quanto tempo se passa até que novos “fenômenos” apareçam para substituirem esses que não mais agradam a mídia, que não está ganhando o dinheiro esperado, e ao povo que não mais está comprando a quantidade de cds ou ingressos para shows que deveria?

domingo, 15 de abril de 2007

Livros e Gêneros Pt I - Ficção Científica

Quase todo mundo lê livros, o que não significa que todos lemos os mesmos livros. Como indivíduos únicos que somos, também temos gostos únicos. Todos tem seu estilo, seu autor, seu livro preferido, e, mais especificamente, seu gênero preferido. Como tive vontade de escrever sobre livros e gêneros literários, não pude deixar de começar essa reflexão pelo meu gênero preferido, a Ficção Científica. Creio ser a FC um dos gêneros mais injustamente discriminados, uma vez que os críticos não o vêem como literatura de qualidade, e as pessoas geralmente acham essas histórias muito complexas. E esse é o paradoxo: os críticos gostam dos livros mais técnicos, que são visões possíveis do futuro tecnológico, o público por outro lado, prefere as aventuras estelares do tipo Star Wars, que não apresenta explicações tecnológicas para aquilo que descreve, achando os livros mais técnicos, entediantes e rebuscado. Mas isso é injusto, pra falar no mínimo. Existem autores que escreveram histórias totalmente relevantes, e com tecnologias totalmente viáveis e sem furar as leis da física, como as batalhas stelares impossíveis de Star Wars, por exemplo, ou como filmes como O Núcleo, totalmente inverossímel. Não que esse tipo de história não tenha seus méritos, mas a boa FC, assim como todos os outros gêneros, tem seus representantes de peso: Isaac Assimov, Orson Scott Card, Robert Henlein, William Gibson, Philip K. Dick, entre outros. Livros como Neuromancer, do W. Gibbons, trouxe pela primeira vez a idéia de um espaço tridimensional que representasse a Wolrd Wide Web, cunhando o termo Hiperespaço. Robert Henlein, com seu Estranger in a Stranger Land, usou da FC para mostrar uma maneira ácida de enxergar a humanidade e sua relação com a sexualidade. Livros como a Fundação, de Isaac Assimov, considerado um dos melhores livros de todos os tempos, mostra a humanidade num futuro distante, questionando porque nossos sentimentos e emoções não seguem o ritmo de evolução da nossa tecnologia.
Como em todos os gêneros, existem histórias boas e ruins, e cabe a cada um decidir qual história preenche melhor seu estilo, mas incluindo, porque não?, dentro da boa literatura.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

A Câmara cor-de-rosa


Não, não estou falando do nosso blog Câmara dos Seis, mas sim da Câmara dos deputados, que graças ao Clodovil, estilista, ex-apresentador de TV e agora deputado federal, um dos mais votados por sinal, começa a se tornar em um lugar "fashion". Seu gabinete acabou de ter sua reforma concluida. A decoração conta com uma cobra naja para sustentar sua mesa de vidro, um quadro dele e seus cachorros, entre outros objetos exóticos. O dinheiro despendido foi em torno de 200 mil e saiu do seu próprio bolso. Pelo menos isso, né?

Eu fico pensando como 500 mil pessoas tiveram coragem de votar num "cara" como esse. Será que foi revolta popular por nossos políticos serem em grande maioria corruptos? A principio eu penso que sim, porque o povo já está cansado de tanta corrupção (será mesmo?). Mas ai eu penso novamente: Se o povo estivesse cansado de tanta corrupção, porque re-elegem politícos corruptos comprovados?

Será que o povo realmente acha que Clodovil, uma pessoa que não sabe nada de politíca, vai fazer alguma diferença na Câmara? Quase certeza que sim. O povo brasileiro é muito ingênuo. Muito inocente. Na verdade, muitas vezes é burro. Mas também é muito esperançoso em crer que um dia o Brasil possa mudar nas mãos de pessoas não-politicas que tentam ser politicas. Mas claro que apesar de esperanças, não quer dizer que elas são verdadeiras.

Eu não confio muito na capacidade do Clodovil de mudar alguma coisa. Como todos sabemos Clodovil está em decadencia. Tinha sido demitido da TV e sua vida de estilista já não dava aquele lucro todo. Será que Clodovil espera mudar alguma coisa, ou só se elegeu para passar mais 4 anos tranquilo com o salário de deputado? Mas pra quem gasta 200 mil numa reforma de gabinete, parece viver muito bem. Ou será que não? Até porque viver muito bem tem significados diferentes para cada um. Mas vemos que o Clodovil parece estar mais preocupado com a reforma do gabinete e com as roupas que ele vai usar, do que com os assuntos políticos. Até porque ele se elegeu para ajudar o povo e não para estilizar seu gabinete e se vestir de modo "fashion".

Eu acharia muito dificil ele mudar seu jeito de uma hora pra outra só porque virou político. Afinal, o que esperar de um estilista a não ser que ele ande na moda e fale sobre moda? Exatamente o que ocorreu.

Mas de certa forma seria errado ele mudar seu jeito de ser. Não que eu esteja querendo defender o Clodovil. De maneira alguma. Mas ele se elegeu pela pessoa que ele é. Se ele se tornasse um "expert" em politica de uma hora para outra, talvez nem recebesse o tanto de votos que recebeu, porque o povo podia compara-lo com os outros políticos. E isso de nenhuma forma seria bom para ele. Porque a coisa que os politicos mais gostam de fazer é mostrar que são uma pessoa antes de elegerem e outra depois. E o Clodovil continua sendo o Clodovil. E acho que isso foi o mérito dele, apesar de não saber nada de politica.

No mais, é torcer para que o Clodovil faça um bom mandato e cale a minha boca. Porque apesar de odiá-lo, já chega de politicos que não fazem nada pelo seu povo.

OBS: Desculpa invadir seu dia, Rômulo. Era pra ter publicado isso ontem. Mas só consegui a inspiração para escreve-lo hoje. E como é noticia fresquinha, não quero deixar para publicar na proxima semana. E na verdade ultimamente estou com uma necessidade grande de escrever textos. Mas as vezes apesar de ter a idéia, não tenho a inspiração suficiente para terminá-los. Fique a vontade se quiser postar um texto seu hoje. Até porque continua sendo seu dia. E estou curioso para ver um novo texto seu.

OBS2: Eu particulamente gostei bastante desse texto. É um texto mais geral. Espero que gostem também e comentem caso achem necessário.

terça-feira, 10 de abril de 2007

A Arte de ser Feliz


Bem aventurado aquele que domina a arte de ser feliz. Pois hoje em dia, dominar essa arte não é uma das coisas mais simples.

Já foi-se o tempo que tinhamos tempo para viver a vida como ela deveria ser vivida: Com preocupações, mas também com sonhos e desejos a serem relizados. Para sair nos fins de semana. Ir a festas. Passar o feriado em casa com a familia.

Hoje em dia vivemos num mundo onde trabalhar não é apenas essencial, mas é praticamente nossa vida. Descanso e prazer praticamente inexistem. Vivemos em um mundo onde a cada dia o mercado de trabalho se torna mais acirrado e se você não tiver ao menos um diploma e uma pós graduação você está ferrado, porque não vai ter trabalho para você. Vivemos em um mundo onde cada dia as pessoas se distanciam mais das outras, por causa da falta de tempo de se falarem pessoalmente. E ai vêm os “santos” avanços tecnológicos como msn’s, orkut’s e email’s da vida, para termos um minimo de socialização para não enlouquecermos totalmente. Porque praticamente não existem mais aqueles encontros diários para bater um papo informal e falar sobre as novidades. Os sonhos ficaram para trás. Os casamentos não duram como antigamente. As pessoas agora morrem de stress, ou de depressão porque estão sozinhas. Morrem novas porque não aguentam o pique diário.

Eu me pergunto se hoje as pessoas são mais felizes que as de outrora. Ou se são simplesmente felizes. Será que a tecnologia que tanto facilita nossa vida, traz a felicidade que tanto precisamos e buscamos? Será que a tecnologia é uma coisa boa, ou simplesmente um remédio para nossas doenças incuráveis, como a falta de tempo? Será que os indios que são desprovidos da tecnologia (hoje nem tanto) e vivem nas matas são mais felizes que nós?

O mundo não é mais como antigamente. Os tempos são diferentes. Mudaram. Continuam mudando. E a cada dia estamos mais ocupados, mais estressados, mais infelizes. Não temos mais tempo para o mundo que nos foi presenteado. Sempre buscamos a felicidade, mas agora ela parece estar longe de ser alcançada. Mas eu acredito que novos tempos virão e que a felicidade retornará como uma chuva num dia de verão. Sem avisar e enchendo todos nossos corações de uma vez só.

Bem aventurado aquele que domina a arte de ser feliz. Pois hoje em dia, dominar essa arte não é uma das coisas mais simples. Mas apesar da arte de ser feliz ser dificil de ser dominada, todos nós conseguiremos domina-lá quando a hora chegar. E seremos felizes como merecemos.

domingo, 8 de abril de 2007

Torre Negra: O desfecho finalmente será conhecido


Finalmente os brasileiros que não sabem inglês, ou que tiveram a paciência de esperar sair no Brasil, vão conhecer o desfecho da série épica Torre Negra, escrita por Stephen King.

A série Torre Negra que conta com 7 volumes e mais de 4000 páginas e é baseada no Mundo De J.R.R Tolkien, no poema épico do século XIX “Childe Roland à Torre Negra Chegou”, e tem referências nas lendas Arturianas e no faroeste, começou a ser escrita há 30 anos, com o primeiro volume intitulado de, O Pistoleiro e tendo seu fim em 2004 com o livro que leva o mesmo nome da série. Mas no Brasil, só começou a ser publicada em 2004, e o ultimo volume já tem data prevista para sair aqui nas terras tupiniquins.

A Torre Negra é uma histórias mais fantásticas que eu tive o prazer de ler. É um misto de fantasia, realidade, ficção cientifica e terror que só um dos grandes mestres da literatura como o Stephen King, tem capacidade de fazer. Conta a história de Roland de Gilead, o ultimo pistoleiro do Clã dos Deschain em sua incansável e obssessiva busca pela Torre Negra. Ao longo das 4000 páginas, Roland conhece pessoas que o ajudarão nessa busca e a passar pelos obstáculos que nela encontrarão. Entre os mais importantes estão: Susannah, Eddie e Jake.

O que acontecerá quando Roland chegar na Torre Negra? O que acontecerá com seus amigos Jake, Susannah, Eddie? O que acontecerá com a Torre Negra? Será que Roland morre no final?

Essas e mais algumas outras milhares de perguntas finalmente serão respondidas, quando o último livro da série sair no dia 30 de Abril deste ano. No mais só nos resta esperar, mas para quem já esperou 3 anos, 20 dias com certeza não serão nada.

A busca pela Torre Negra não é mais uma obssessão apenas de Roland e seus companheiros, mas também dos seus leitores, que a cada página e volume, ficam mais ansiosos e temerosos para descobrir o que há nela.

Pra que se interessa em comprar o sétimo livro, o site da submarino está com um preço campeão: www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=1936305&ST=SR#synopsys

sábado, 7 de abril de 2007

Boa Páscoa para Todos

Tempo de Páscoa é tempo de reflexão. Jesus morre e um dia e meio depois, ressuscita (mas que azar o dele!). Para a maioria, independente da religião, é uma boa oportunidade para viajar. De ônibus, porque de avião ninguém consegue mais. Se forem comprar ovos de Páscoa, meus pêsames. As lojas estão abarrotadas de pessoas que, como eu, fazem compras de última hora. O que mais podemos fazer neste fim de semana santa? Se você for um católico pós-moderno, um churrasco cai bem. Se não for, bem, você pode ir à igreja.

Já que não fui à praia, não fiz churrasco, não vou à igreja e já comprei meus ovos, resta-me a filosofia em promoção nesta época: Como uma historia ganha tanta força, que 2007 anos depois pessoas de varias partes do mundo ainda passam a sexta-feira santa fazendo penitencia em nome dela? Ou melhor, como seria o mundo sem essa historia?

Fico triste sabendo que muito não seguem os preceitos católicos, mas não conseguem se livrar do medo do inferno. São pessoas que não acreditam mais nas tradições, mas se vêem presas às convenções sociais. Por que tantos têm medo de renunciar a isso , adotando o discurso de que só aproveitam o que a religião tem para oferecer de bom?
Agindo assim eles eliminam o senso crítico, não precisam confrontar as tradições de contrição e penitência. E o que para alguns seria uma forma de libertação, é apenas uma aparente liberdade de escolha. Saem de uma religião que não os conforta e atende mais, para outras que estejam mais de acordo com seus interesses. E continuam presos, ouvindo sermões, seguindo tradições cada vez mais esdrúxulas num mundo onde a fome, a violência, a exploração sexual de crianças, as guerras e a corrupção não têm tempo para isso.

Por que não fazemos um outro tipo de Semana Santa? Todos deveriam vir a publico, confessar seus pecados e pedir perdão.Faríamos uma sexta feira de verdadeiras penitências: ser educado, amável, não roubar, não matar, não mentir, enfim, um dia onde as pessoas pudessem ser menos egoístas e hipócritas. Esse sim seria um dia para ser lembrado por muito tempo, e para ser repetido todos os anos. Talvez no domingo teríamos verdadeiros motivos para comemorar.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

A idéia que antes de ser já era

Eu tenho o hábito de ficar inventando frases em que comparo os humanos e os animais irracionais, e finalizo com algum pensamento que coloco o homem abaixo do bicho. É claro que não dá pra se levar essas comparações ao pé da letra, mas algumas são geralmente interessantes. E essa semana eu achei mais uma diferença: só os humanos morrem de véspera. Caetano Veloso já dizia que o homem é o lobo do lobo do homem, e mais do que isso, eu acho que o homem é a própria pedra do caminho. Quando digo que só os humanos morrem de véspera, penso na nuvem que sombreia todo o seu horizonte. Isso é evidente nos primeiros dez minutos de conversa com qualquer pessoa: é o livro não escrito, a peça não encenada, o trabalho não feito, as palavras não ditas, os amores não vividos. Todo mundo aqui conhece alguém que, por exemplo, antes de ir para uma entrevista, já acha que não conseguirá o emprego, e usa das mais variadas desculpas: que ele é muito feio ou muito bonito, que tem muita gente querendo o emprego, com mais experiência, que tem gente de menos, etc, e por aí vai. Isso quando a pessoa não acha que nunca mais vai conseguir trabalhar por isso ou por aquilo, só pra começar. Infelizmente, essa espécie de hiper-imaginação mórbida e auto-destrutiva das pessoas, muitas vezes as tem impedido de viverem um grande amor, ou de fazer algo grande, com medo de não conseguirem manter seu estatus quo. E nesse quesito, os animais dão de 10 x 0 na gente, pois quando ele vê sua presa, a única coisa que o impulsiona é a imagem de suas garras cravando na carne e o gosto de sua carne na boca. E olha que eles nem sempre pegam o coelho.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Amor por Computador (Conto)




Hugo tinha 33 anos e era um homem muito solitário. Nunca tinha casado. Nunca tinha namorado também. Teve alguns relacionamentos, mas nada que fizesse muita diferença na sua vida. Nunca fora muito bom com as mulheres e por isso se ocupava muito com o trabalho. Trabalhava numa empresa de jogos de computadores e só vivia para eles. Tanto que nas suas horas vagas ele sempre entrava nos chats da vida, afim de encontrar uma companheira, já que pessoalmente era muito dificil. Ele era muito timido, mas na internet ele se soltava.

Por causa disso, seus amigos viviam lhe enchendo a paciência, dizendo que sair para a caça era muito mais interessante do que ficar sentado na frente do computador. E que um dia ele ia se dar muito mal com aquilo. Porque em vez de ir uma mulher ao seu encontro, viria um macho ou quem sabe um traveco. Mas Hugo nunca ligava pra essas histórias e sempre dizia que preferia ficar em casa mesmo.

Então dois amigos de Hugo resolveram pregar um peça nele e mostrar que sua teoria de que amor por computador não dava certo. Kiko e Rodrigo pra fazerem um serviço bem feito falaram com um amigo deles, o Beto, que adorava zoar as pessoas. Não era apenas seu passatempo predileto, era praticamente sua vida. Sempre que ele tinha oportunidade de zoar alguém, mesmo que fosse desconhecido, ele fazia sem pestanejar. Logo que os dois “amigos da onça” explicaram a situação e deram as coordenadas (horário, sala de bate-papo e apelido), Beto resolveu agir quando tivesse oportunidade.

Assim que chegou em casa, a 18 horas, depois de sair do trabalho, Beto foi logo conectar na internet e procurar a sala de bate-papo. O horario que Hugo entrava geralmente era as 19 horas. Como faltava uma hora ainda, Beto deixou la na sala de bate-papo e foi fazer seu jantar. Pouco depois das 19 horas, Homem-Solitário entrou na sala. Sim, este era o apelido de Hugo e apesar de não ser nada original, era o que ele gostava de usar, porque de certa forma atraia as mulheres também solitárias.

Logo que Hugo entrou no bate-papo, uma janela começou a piscar. Gatinha Carente, ou Beto, estava dando um “oi”. Começaram aquela velha conversa sobre onde moravam, qual o nome, idade, etc. Gatinha Carente, também conhecida como Sônia ou Beto, tinha 26 anos, era morena, tinha cabelos longos, era baixinha, usava óculos. Mandou uma foto sua (no caso o de uma amiga de Beto). Era muito bonita. Morava à 10 minutos da casa de Carlos e tinha como passatempo favorito ficar em casa vendo filmes, lendo livros e conversando nos chats. Coisas que Carlos também gostava de fazer.

Então Hugo perguntou o que ela fazia pra viver, e foi ai que ele viu que talvez, finalmente ele arrumaria uma companheira. Como Beto sabia que ele adorava computadores, inventou uma história dizendo que ela, trabalhava também como criadora de jogos. Depois da pergunta, Hugo voltou a olhar um site de jogos que já estava olhando a um tempão. Poucos segundos depois, a janela tornou a piscar, e sem delongas ele clicou nela. Quando ele viu a ultima frase escrita por Sônia, ele quase deu um pulo da cadeira. Ele não conseguia segurar o sorriso de tão feliz que ele estava. “EU TBM!!!” ele escreveu, antes mesmo “dela” perguntar. Eu também sou criador de jogos, ele escreveu novamente. Nessa hora Beto dava altas gargalhadas olhando para o monitor. Era bom demais para ser verdade, Hugo pensava. “Era linda, inteligente, simpática, gostava das mesmas coisas que eu e ainda tinha o mesmo tipo de trabalho”.

Marcaram logo um encontro pra o outro dia. Numa quarta-feira, às 20 horas em um restaurante de massas perto da casa dos dois. Hugo como estava muito empolgado e ansioso, chegou mais ou menos meia hora antes do combinado. O restarurante estava quase vazio. Só havia umas três mesas cheias, ocupadas por casais. Geralmente não tinha muita gente dia de semana. Como Hugo não gostava de beber álcool, ficou tomando uns refrigerantes, só esperando a hora chegar.

Dez minutos pras 20 horas, Kiko, Rodrigo e Beto chegaram no restaurante. O três não conseguiam parar de rir. Principalmente Rodrigo e Kiko, que também riam da cara de Beto. Beto tinha cerca de 1.65, cabelos pretos e um porte atletico, mas nada de muito exagerado. Mas aquele que estava ali não era Beto propriamente dito, e sim, a Sônia. Vestia uma mini saia preta, um top vermelho, uma maquiagem bem chamativa, uma peruca morena e um salto alto. E era isso que arrancava altas risadas de Kiko e Rodrigo.

As 20 horas em ponto, Sônia entrou no restaurante. Enquanto isso Kiko e Rodrigo permaneceram do lado de fora, só olhando pelo vidro. Ninguém pareceu notar a presença de Sônia, a não ser um garçom que estava perto da entrada e é claro Hugo, que não tirava os olhos de lá. Tanto o garçom como Hugo se assustaram ao ver aquela figura bizarra entrando no restaurante. Mas apesar disso o garçom se aproximou dela para perguntar o que ela desejava. Era uma cliente afinal. Se é que fosse uma mulher de fato. Depois de uma breve conversa com o garçom e depois dele ter apontado na direção de Hugo, a “moça” começou andar. Hugo tinha avisado a Sônia que qualquer coisa se ela tivesse problema pra encontrá-lo no restaurante, era só falar com algum garçom que ele mostraria onde ele estava.

Hugo quando viu o garçom apontando pra ele, e a garota vindo em sua direção, não conseguia acreditar que aquela “mulher”, era sua bela Sônia. Ele rezava para que o garçom apenas tivesse apontado uma mesa boa, pra que esperasse seja lá quem fosse sem ser interrompida, que nem ele. Mas a mulher certamente vinha em sua direção.

Quando ela parou na frente da mesa ela falou com uma voz meio grossa: “Você deve ser o Hugo, né? Prazer eu sou a Sônia”. Hugo não conseguia mover um músculo, muito menos falar. Estava parado olhando para Sônia. Ele tinha certeza que a figura que estava na sua frente era um homem. Tinha certeza absoluta.

“Você é calado assim”, ela perguntou. “Na internet você era bem mais solto. Pensava que ia rolar uma coisa legal hoje, mas nem um oi você me dá”. Ela falava fazendo uma cara tristinha. Mas por dentro Beto morria de rir.

“Oi”, Hugo acabou por dizer. O “oi”saiu tão baixo que Sônia mal conseguiu ouvir.

“O que você disse”, ela perguntou.

Hugo continuou parado e em silêncio. Então Sônia resolveu puxar uma cadeira. Na hora que ela ia sentando, Carlos gritou um “EIIII!!!”

Quem se assustou dessa vez foi Beto dizendo que daquela forma ele “a” mataria do coração. Só o que Hugo conseguiu falar é que a pessoa que estava na sua frente não podia ser a Sônia. Que aquilo era uma brincadeira de mal gosto. Ele não conseguia aceitar aquilo de forma alguma. E acabou saindo do restaurante, irado. Sem falar mais nada.

Beto ainda pensou em segurar ele um pouquinho, mas como já tinha ganho as risadas da noite e não aguentava mais segurar o riso, deixou o pobre Hugo ir embora e ficou rindo ali mesmo sentado a mesa. O povo do restaurante olhava pra ele sem entender. Depois de alguns minutos ele saiu do restaurante para se econtrar com Rodrigo e Kiko que estavam atrás de um carro morrendo de rir também.

Depois desse dia Hugo começou a sair com seus amigos e nunca mais entrou em salas de bate-papo. Hugo nunca soube da armação e nunca comentou aquilo com ninguém. Kiko e Rodrigo também ficaram na sua, mas sempre que tinham oportunidade riam pelas costas de Hugo.

FIM

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Meu amigo invisível...

Bom dia meu querido amigo Jogy! Hoje acordei com uma baita dor de cabeça e minha crise de sinusite já esperada por conta da brisa do mar ontem a noite e ainda mais depois do sorvete de castanha, huuum... Reunião entre amigas é o que há!
Abri os olhos ontem e me deparei com mais uma situação quase que diária na minha casa, resolvi tomar meu velho e bom leite com "Nescau" e tentar dormir novamente, pois, cheguei na madrugada de domingo depois de uma voltinha pela cidade e meu sexto sentido não errou novamente! ;)
Após tomar meu vício diário, gritei, chorei, e fiz uma ligação pra alguém que sei que posso contar. Corri pra sua casa e como sempre fui muito bem recebida, ganhei um ovo de páscoa e passamos o dia juntas se esbaldando no chocolate! =P
Depois de um papo com uma amiga que tá longe na internet, tomei um banho cantando e me arrumei em busca da diversão. Um clima chato inicial, mas uma risada havia de o quebrar...Tudo volta ao normal, e novas pessoas aparecem.
Troca de olhares...
Amigo Jogy, pessoas me tiraram a capacidade de acreditar, de confiar, não só na dita curja como em outras pessoas... Será que posso deixar isso acontecer?
Bem meu querido amigo invisível, depois do tal passeio, passamos em um banco...O banco trouxe lembranças!
No carro não havia mais um som pra ouvir música, só nos restou colocar as músicas do celular. A letra da tal música, traz lembranças!
Desci do carro, passei pelo terraço, pelo sofá da sala e eis que : trazem lembranças!
É amigo Jogy, até quando?
No quarto, as mulheres da casa reunidas, conversam e papeiam sobre um reality show. A tatuagem de um integrante, lembranças!
Mais que vontade de falar um palavrão , eis que surje : PUTA QUE PARIU!
Mas te digo boa noite Jogy! Você me ouve e nem sabe o quanto não me deixa sentir sozinha...
Até amanhã!


[ O texto de hoje foi meio desabafo, hehehe. Boa semana a todos! ;*]