Espíritos, experiências reais

Moro no bairro do Butantã, em São Paulo, há cerca de 15 anos. Rezam as lendas de que aqui era um povoado indígena e, conseqüentemente, havia uma área destinada ao enterro daqueles que partiam para outra vida. Isso pode explicar o que tenho visto e ouvido durante alguns anos. Aliás, minha mãe e meu irmão também já tiveram experiências assim.

Certa vez, estava sozinho em casa com meu irmão, no nosso quarto. Eis que ele fala "O pai e a mãe chegaram!". Descemos e não tinha ninguém, nenhum sinal deles. Voltamos ao quarto e, passado alguns minutos, ouvimos vozes na sala de novo. Era mais de uma, como se fosse uma conversa, mas não conseguíamos distinguir o que falavam. Descemos novamente, e nada! Depois disso, meus pais chegaram e as vozes foram embora.

Normalmente, quando tem algum aniversário na família, é minha mãe que faz o bolo (fica como presente). Pois bem, era aniversário da minha tia e lá estava minha mãe na cozinha preparando a massa. Batedeira funcionando e "plaght" (por favor, imaginem um barulho alto de talheres caindo no chão). Botão virado pro off, era hora de ver o que acontecera. Ela foi até a sala de jantar e tudo estava em ordem. Voltou a bater a massa e "plaght" de novo. Mais uma vez, não era nada.

Passado alguns minutos, minha mãe sentiu um vento (estilo aquele da novela "páginas da Vida", quando a Nanda aparecia no apartamento dos pais) e, em seguida, levou uma bela de uma sardela! Segundo ela, deu um pouco de medo. Tanto que ela ligou para minha tia, largou tudo o que estava fazendo e saiu de casa.

Por falar em Nanda, eu mesmo já vi algo como na novela. Tinha voltado da faculdade por volta de umas 23:30hs. Fui pro meu quarto, tomei banho e, como sempre, desci para tomar um copo de coca-cola. No caminho de volta, passando pela sala de jantar, a cortina começou a balançar. Corri para cama e lá comecei a pensar se poderia ser alguém ou mesmo o vento. Mas não, a janela estava fechada, meu irmão estava na cama dele, meus pais estavam deitados e a cachorra junto com eles.

Quando chega o fim de semana, já fico meio preparado para qualquer coisa do tipo que possa acontecer. Costumo ficar em casa sozinho para tocar bateria. E, por algumas vezes, enquanto estava batucando, já vi vultos passando diante da porta do quarto. Mas, como sou do pensamento que "temos que ter medo dos vivos e não dos mortos", o medo passa logo.

Talvez esse medo não seja do espírito em si, mas sim de como enfrentar uma situação diferente como essa. Ainda não me adaptei à idéia de dividir um mesmo espaço e de manter algum tipo de contato com alguém que já se foi. Pode ser que eu encontre uma resposta na religião, mas não sei se eu quero nem se estou preparado para tal mudança. Por hora, vou deixar as coisas como estão e se algum dia eu tiver uma experiência mais forte, contarei para vocês.

É isso ae! Primeiro post também. Espero poder evoluir em alguns aspectos com a ajuda de vocês.

Até sexta que vem!